Projeto desenvolvido no Câmpus de Lagoa Seca vence Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social

28 de novembro de 2017

O projeto “Dessalinizador Solar”, coordenador pelo professor Francisco José Loureiro Marinho do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), foi vencedor do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, na categoria Água e/ou Meio Ambiente. Foram finalistas mais de 700 propostas. A cerimônia de premiação da 9ª edição do prêmio foi realizada no último dia 23 de novembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O dessalinizador solar é um projeto do Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (NERA) e tem como parceiro a Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP).

A tecnologia social premiada envolve o processo de dessalinização/desinfecção da água no interior do dessalinizador quando as altas temperaturas provocam a evaporação da água, a qual entra em contato com a superfície (de vidro) resfriada e condensa, voltando ao estado líquido, sem os sais ou contaminantes antes existentes na água. De acordo com o coordenador do projeto, foram desenvolvidas várias atividades com agricultores da região que reafirmaram os benefícios da pesquisa.

“O projeto do dessalinizador solar, além fornecer água potável para agricultores de comunidades dispersas do semiárido, proporciona significativa economia de energia elétrica se for correlacionado à produção de água dessalinizada através de energia solar e através do processo de osmose reversa, além da redução de gases que provocam efeito estufa advindos dos caminhões que transportam água para as comunidades rurais”, destacou o professor Francisco Loureiro.

O modelo do dessalinizador consiste em uma caixa construída com placas pré-moldadas de concreto, com cobertura de vidro, que possibilita a passagem da radiação solar. Com isso, aumenta-se a temperatura dentro do dessalinizador, fazendo com que ocorra a evaporação da água armazenada em uma lona encerada (“lona de caminhão”). Ainda de acordo com o coordenador do projeto, a adesão ao programa tem sido grande, por se tratar de um método simples, de baixo custo, de fácil construção e manutenção.

“Atendemos comunidades em que os moradores eram obrigados a consumir água de poços artesianos com elevado nível de contaminação biológica e química (sais) e que traziam consequentes danos à saúde, ou eram obrigados a caminhar por horas para terem acesso à água potável. Estamos em uma região que chove muito pouco e a nossa luta é que essas famílias continuem sobrevivendo da sua terra. Nosso objetivo é fixar o homem do campo na sua terra com água boa, que atenda as suas necessidades”, declarou o professor.

Texto: Givaldo Cavalcanti
Fotos: Divulgação

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